terça-feira, 29 de abril de 2014

Políticos são vaiados durante inauguração de parque poliesportivo na UFRN

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A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) inaugurou hoje seu Parque Poliesportivo com a presença de autoridades federais: o ministro dos Esportes, Aldo Rebelo (PCdoB), ministro da Previdência, Garibaldi Alves Filho (PMDB), e a deputada federal Fátima Bezerra (PT). Todos passaram pelo constrangimento de serem vaiados pelos servidores grevistas da universidade. A governadora Rosalba Ciarlini (DEM), habitual alvo de vaias no Estado, também não escapou.

Antes mesmo da chegada das autoridades, os grevistas já se mobilizavam ao lado do Parque Poliesportivo. De acordo com o coordenador-geral do Sindicato Estadual dos Trabalhadores em Educação do Ensino Superior (Sintest-RN), José Rebouças, o objetivo é sensibilizar o ministro Aldo Rebelo. “Essa greve é em função de um acordo feito em 2012 com o governo Dilma que nunca foi cumprido”, explicou Rebouças.
Mas, a feição do auxiliar de Dilma Rousseff não era de muita sensibilidade depois das vaias. Ao serem chamados para compor a mesa, um a um foi vaiado. A exceção ficou para os pró-reitores da UFRN e a reitora Ângela Paiva Cruz, que receberam mais aplausos que vaias.
Visivelmente, todos ficaram constrangidos. Porém, a situação se agravaria. Depois da formação da mesa com as autoridades, o cerimonial passou a palavra para o coordenador-geral do Sindicato, uma praxe em muitos eventos da universidade em que a reitora tem participado.
Durante o discurso Aldo Rebelo preferiu colocar os óculos e verificou os cartões em sua mão com o nome das autoridades presentes, sem dar atenção para o que era dito. No momento em que o sindicalista criticava o investimento de R$ 1,3 bilhão no que chamou de “Arena das Águas”, a governadora Rosalba Ciarlini balançou a cabeça, pegou um copo d’água vazio e observou o fundo.
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Pista no Interior
O Parque Poliesportivo do campus Central da UFRN é formado por uma pista de atletismo construída com material inglês e um campo de futebol. Todos com medidas oficiais. São 400 metros de pista com oito raias. O parque também é dotado de torres de iluminação que possibilitam a transmissão de jogos pela TV em alta qualidade. O campo será irrigado com a água tratada na estação de tratamento do Campus Central. O investimento na obra foi de R$ 11,8 milhões.
De acordo com a atleta Magnólia Figueiredo, a pista possibilita a prática de absolutamente todas as modalidades dentro do atletismo. Para ela, também é fundamental que o equipamento esportivo esteja dentro de uma universidade. “Para a gente é um sonho se realizando, não só a estrutura física. O grande ganho é conciliar a prática com a investigação científica”, declarou um dos expoentes do atletismo potiguar.
Ainda segundo Figueiredo, a estrutura da UFRN foi entregue de forma completa. “Aqui a pista foi disponibilizada também com peso, disco, toda equipada”, destacou. Ela lembrou também que a pista do Caic de Lagoa Nova, que serviu durante muito tempo para o atletismo do Estado, não tinha esses equipamentos de apoio para as diversas modalidades. Magnólia também deu consultoria ao projeto.
A obra ainda não está completamente pronta, falta a finalização de partes complementares como as calçadas. “Até a copa estará concluída”, disse Ângela Cruz, reitora da UFRN. De acordo com a governadora Rosalba Ciarlini, o campus de Mossoró da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) também receberá uma pista da Rede Nacional de Treinamento, informação confirmada pelo ministro Aldo Rebelo. 
Estrangeiros querem Natal
A capital potiguar é a cidade-sede da Copa do Mundo mais procurada por estrangeiros. Essa informação foi apresentada hoje pela manhã durante a última reunião do planejamento operacional, pelo secretário-executivo do ministério dos Esportes, Luís Fernandes.
De acordo com Fernandes, 59% dos ingressos para os quatro jogos realizados em Natal foram vendidos para estrangeiros. Outros 13% foram vendidos para pessoas que moram no Brasil. Nesse percentual, ficam todos aqueles que moram a mais de 200 quilômetros de distância de Natal, como os mossoroenses por exemplo. Os 28% restantes são de natalenses e de pessoas que moram dentro desse raio de 200 quilômetros em torno da cidade. “Acho que são os atrativos dos quais se destaca a beleza do estádio, mas também a cultura, o clima, as paisagens, o povo”, tentou explicar a procura o secretário-executivo.
Fonte: Portal Jornal de Hoje/Marcelo Lima

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