segunda-feira, 9 de abril de 2012

Consumo de álcool por adolescentes cresce e inspira serviço médico especial



SÃO PAULO - O sinal de alerta soou no Pronto Socorro de pediatria do Hospital Albert Einstein, um dos mais conceituados de São Paulo. Há cerca de um ano, os pediatras de plantão passaram a ser chamados para atender adolescentes que chegam na emergência, principalmente às sextas e sábados. O problema: consumo excessivo de álcool. Muitos meninos e meninas chegam inconscientes. Alguns, em coma, correm o risco de morrer. Embora não existam estatísticas precisas, especialistas dizem que o aumento do consumo de bebidas alcoólicas por adolescentes não se restringe a São Paulo, é visível no Rio e em muitas outras cidades do Brasil.
No Albert Einstein, todos os pacientes com 16 anos ou menos e que dão entrada pelo pronto-socorro são encaminhados à pediatria que, a partir deste mês, tem um protocolo especial de atendimento. Os cuidados não são apenas clínicos. Os pais são orientados sobre os riscos do consumo de álcool na adolescência. Nos casos mais graves, em que o jovem fica internado ou precisa de recursos de UTI, ele obrigatoriamente é avaliado por psiquiatras e psicólogos do Núcleo de Álcool e Drogas do hospital.
- Os pediatras perceberam que se tornou comum o atendimento a pacientes alcoolizados em idade muito precoce, com 13 ou 14 anos. Há casos de crianças de 12 anos. Eles chegam com intoxicação grave causada pela ingestão de álcool. Isso nos preocupa muito. É preciso detectar o que está acontecendo - afirma a psiquiatra Alessandra Maria Julião, do Núcleo de Álcool de Drogas do hospital.

Matéria completa no O Globo.com

Por Márcio Melo


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