terça-feira, 9 de agosto de 2011

INTERNET DE QUALIDADE NA ZONA RURAL DO BRASIL

05/08/11 - Delegação brasileira constata viabilidade da faixa de 450 MHz para atender a zona rural
Representantes do MiniCom e da Anatel estiveram na Suécia para estudar as possibilidades de uso da freqüência
Foto: Herivelto Batista

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    Delegação Brasileira esteve na Suécia entre 24 e 27 de julho.

















       Brasília, 05/08/2011 – Uma delegação formada por representantes do MiniCom e da Anatel esteve na Suécia para ver, na prática, como é a utilização da faixa de freqüência de 450 MHz naquele país. Durante a visita, os técnicos constataram a viabilidade técnica de usar essa faixa para expandir o atendimento à zona rural brasileira. A faixa é considerada estratégica por permitir a cobertura da zona rural com serviços de telecomunicações, incluindo telefonia e internet em banda larga.

       De acordo com a diretora do Departamento de Universalização do MiniCom, Miriam Wimmer, o objetivo da viagem era justamente reunir informações sobre os potenciais da freqüência de 450 MHz e seu funcionamento,  para avaliar as possibilidades para  o Brasil.  Aqui, a faixa será licitada até 30 abril de 2012.

       As diretrizes para a licitação estão no decreto que aprova o terceiro Plano Geral de Metas de Universalização (PGMU). Pelo documento, quem vencer a licitação assumirá o compromisso de levar a internet para a zona rural, inclusive para as cerca de 80 mil escolas públicas localizadas nessas áreas.

       “Existe uma grande preocupação do governo com as escolas rurais e achamos que essa faixa de 450 MHz será um mecanismo excelente para assegurar que elas também tenham acesso à internet. Se a escola tem acesso, aquele espaço se torna um ponto para toda a comunidade”, diz Wimmer.

       Abrangência e modelo de negócios

       A faixa de 450 MHz é utilizada em outros países, como Rússia, Portugal, Ucrânia e México. A Suécia foi escolhida para a visita justamente por utilizar a faixa para atender as áreas rurais. Miriam Wimmer ressalta que, embora Brasil e Suécia tenham dimensões e economias bastante diferentes, a densidade populacional dos dois países é parecida: ambos têm espaços isolados e pouco habitados, onde o sinal de internet e telefonia tem dificuldade para chegar. “Lá existem áreas muito difíceis. Aqui, temos a Amazônia e eles têm áreas onde só tem gelo”, explica.

      A delegação brasileira conheceu o trabalho das empresas Net1 e Ericsson, que atuam na faixa de 450 MHz, e também conversou com representantes do governo local. De acordo com o diretor do Departamento de Indústria, Ciência e Tecnologia do ministério, Pedro Alem Filho, um ponto que chamou atenção foi o modelo de negócios desenvolvido na Suécia. Além do foco no mercado residencial, as empresas cobrem ferrovias, ambulâncias, helicópteros de salvamento e mesmo a guarda costeira.

         A ampla cobertura é possível porque, com a faixa de 450 MHz, uma torre apenas consegue ter um raio de atendimento muito maior do que com outras faixas de freqüência. Isso significa, na prática, que uma estação cobre uma média de 60 km a partir dela. “A grande vantagem dessa faixa é que você precisa de menos torres para cobrir uma área territorial muito maior”, explica Alem. Segundo ele, a faixa cobriu 95% do território da Suécia.

        Outro ponto que interessou os técnicos brasileiros foram as parcerias firmadas com a indústria. De acordo com Miriam Wimmer, a visita serviu para pensar potenciais negócios para o Brasil. Entre as possibilidades citadas por ela está a utilização da faixa para levar o sinal aos navios de cruzeiro que percorrem a costa brasileira, por exemplo. Isso porque a faixa cobre cerca de 100 km no mar. Segundo Wimmer, também seria possível monitorar os caminhões que cortam o país transportando cargas, já que o Brasil tem grandes trechos de estrada que não têm cobertura por nenhum serviço.

        “Para mim, foi muito interessante verificar a faixa funcionando num modelo de negócios sustentável. Mesmo não sendo uma faixa para os grandes centros, onde é fácil ter clientes, é um modelo que está dando certo”, afirma.
A delegação brasileira esteve na Suécia entre 24 e 27 de julho.



Fonte: Assessoria de Comunicação Social
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            Publicado em 05/08/2011 
 




Por Márcio Melo

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